SAÚDE NEUROLÓGICA - Prevenção ao AVC está relacionado à mudança no estilo de vida, aponta neurologista

O acidente vascular cerebral é um problema que pode gerar sequelas neurológicas e morte. Influenciado por fatores de risco cada vez mais comuns como hipertensão, diabetes, consumo exagerado de álcool, tabagismo e sedentarismo, a doença pode ser evitada com a adoção de um estilo de vida saudável.

É o que defende o médico neurologista José Alexandre Borges de Figueiredo, do Hospital São Mateus, em Cuiabá. O especialista explica que o ideal é a prática da prevenção primária, que consiste na adoção de medidas comportamentais – ligadas à alimentação e exercícios físicos – para se evitar o primeiro AVC.

“A prevenção primária parte do princípio de controle dos fatores de riscos como pressão alta, diabetes, colesterol alto, sedentarismo, obesidade, arritmia cardíaca e etilismo, que são os riscos evitáveis e mais preponderantes para a ocorrência do AVC”, explica.

O neurologista destaca que a prevenção passa pelo controle da pressão arterial sistêmica, glicemia, colesterol, e a necessidade de praticar atividade física de forma regular, alinhada a uma alimentação saudável e boa noite de sono.

José Alexandre enfatiza que a idade também é um fator de risco, mas diferente dos demais, não é modificável. Por outro lado, ressalta que tem sido cada vez mais frequente AVC surgir em pessoas mais jovens, basicamente em razão do estilo de vida.

Como identificar o AVC

Uma das características de que uma pessoa teve um AVC é o quadro de instalação súbita dos sintomas, que podem ser dor de cabeça, perda de consciência, alteração da fala, perda do campo visual, paralisia da face ou a perda de força em um lado do corpo.

“A instalação súbita é quando o paciente está bem e o sintoma atinge seu nível máximo de uma hora para outra e não há aviso prévio. O paciente deve ser levado ao pronto-atendimento de forma imediata – dentro de até 4h30 para que seja administrada a medicação e reduzido os danos das sequelas”, reforça o neurologista.

Dentre os tratamentos do AVC isquémico está a desobstrução da artéria por medicamento, conhecido como trombolítico, que dissolve o trombo ou a trombectomia mecânica que é realizada por meio de um cateterismo para a retirada do coágulo no cérebro.

No caso do AVC hemorrágico, que é menos incidente, mas também o mais grave, em alguns casos é necessário a realização de cirurgia, e nestes casos é maior o índice de sequelas e mortalidade.

Fonte: Redação ZF Press

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